sábado, 26 de novembro de 2011

A ORIGEM DA DANÇA


"Quando eu nasci / eu já dançava", escreveu Mario de Andrade num de seus poemas. E o mesmo verso poderia valer para toda a espécie humana: o homem vem dançando desde que apareceu e se organizou socialmente, há mais de 10 mil anos; a dança é a arte mais antiga que se conhece. Dela surgiram as representações teatrais, as formas de entretenimento coletivo. Mas o homem não começou a dançar e não cultivou a dança apenas para divertir-se. Ao contrário, a dança era uma atividade muito séria, uma cerimônia grupal de sentido mágico-religioso, um rito que permitia entender-se com as forças sobrenaturais, ou uma espécie de ensaio geral simbólico para a guerra. E não se tem notícia de povo algum, por mais primitivo que fosse, que não soubesse dançar. Mas a vida muda e a dança também: passou o tempo em que se dançava para homenagear os espíritos; veio o tempo de dançar para exprimir alegria, novos rítmos apareceram à medida que se criavam novos instrumentos musicais; a dança por fim tornou-se puro divertimento, uma agradável maneira de conviver com o próximo. Em Tóquio, Nova York, Paris e Rio de Janeiro dança-se conforme a mesma música - geralmente de inspiração norte-americana, do fox aos blues, do charleston ao rock, ao twist e a todas as modalidades surgidas com o iê-iê-iê. Mas também se dança o tango, o bolero, a rumba, o mambo, o cha-cha-cha - criações latino-americanas. E o nosso samba, bossa-velha ou bossa-nova, não fica de fora nesse baile internacional, da "baiana" Carmen Miranda à "Garota de Ipanema". O que se conclui é que a dança nunca desaparece: muda de nome, sofre acréscimos, assume novos sentidos culturais e continua viva. As danças evocativas isoladas deram lugar às danças de participação geral, de colaboração instintiva. Não se dança antes de ir para a guerra, mas se dança na boa paz da alegria. As pares ou individualmente, a dança traduz sempre um forte sentido de integração das pessoas num grupo: o ritmo que experimentam é o mesmo, mesma é a sensação que vivem.
Origem e descendência dos Ritmos
BOLERO - Origem africana - descendência Cubana.
MERENGUE - Origem e descendência Caribenha.
MAMBO - Origem Africana - descendência Cubana.
RUMBA - Origem indígena - descendência Porto-Riquenha com desenvolvimento em Cuba.
SALSA - Origem e descendência Caribenha.
AXÉ-MUSIC - Origem na capoeira - descendência Baiana.
SAMBA - Origem indígena, influência Afro-Indígena - descendência Brasileira.
PAGODE - Origem no samba - descendência Brasileira com desenvolvimento em São Paulo.
SAMBA-GAFIEIRA - Origem no samba - descendência Brasileira com desenvolvimento no Rio de Janeiro.
FOX-TROT - Origem no Swing - descendência Americana.
ROCK'IN ROLL - Origem no Twist - descendência e desenvolvimento Americano.
SWING - Origem e descendência Americana.
HUSTLE - Origem no swing com influência da discoteca.
PASO-DOBLE - Origem Flamenca com desenvolvimento e descendência Espanhola.
FORRÓ - Origem nordestina - descendência do xote e baião.
LAMBADA - Origem Zook com desenvolvimento no Brasil.
ZOOK - Origem Francesa com desenvolvimento na Europa e no Brasil.
COUNTRY - Origem e desenvolvimento nos EUA - descendência folclórica.
TANGO - Origem Espanhola com descendência e desenvolvimento Argentino.
CHA-CHA-CHA - Origem Latina - descendência Cubana.
VALSA - Origem Européia com descendência Vienense e desenvolvimento no mundo inteiro, influência no reinado de Luis XV.
XOTE - Origem indígena com descendência e desenvolvimento nordestino.
VANERÃO - Origem Alemã com desenvolvimento no Rio Grande do Sul.
CHORINHO - Origem de rítmos musicais populares no Brasil até ser desenvolvido para a dança.
MILONGA - Origem no Tango com desenvolvimento Argentino.

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